Os deputados mais gazeteiros

Carrilho, Marques Mendes, Portas e Jerónimo entre os mais faltosos.
Um deputado do PSD foi o que mais faltou. Justificações de ausência só serão conhecidas para a semana

O socialista Manuel Maria Carrilho, o presidente do PSD, Marques Mendes, o ex-líder do CDS-PP Paulo Portas e o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, estiveram entre os deputados mais faltosos nos primeiros oito meses de Parlamento.
De acordo com informações dos serviços da Assembleia da República fornecidas à agência Lusa sobre as 61 sessões plenárias entre 10 de Março e 30 de Novembro de 2005, o deputado do PSD Virgílio Costa foi o mais faltoso (24 faltas justificadas).
Seguem-se o ex-ministro da Cultura Manuel Maria Carrilho (23 faltas justificadas), o antigo ministro da Administração Interna e deputado do PSD Dias Loureiro, o ex-presidente da câmara de Lisboa e deputado socialista João Soares e o deputado e fadista Nuno da Câmara Pereira (com 21 faltas justificadas).
O presidente do PSD, Marques Mendes (20 faltas justificadas), surge em sexto lugar e o ex-líder do CDS-PP Paulo Portas em sétimo (18 faltas justificadas e uma injustificada), acompanhado pelo deputado do PSD Gonçalo Nuno Santos (19 faltas justificadas).
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, e o deputado social-democrata Paulo Rangel aparecem a seguir (18 faltas justificadas), com mais uma falta do que a deputada Matilde Sousa Franco, que foi cabeça-de-lista do PS no círculo de Coimbra (17 faltas justificadas).
Segue-se outro deputado socialista, o ex-ministro da Defesa e ex-comissário europeu António Vitorino, ladeado por Luís Campos Ferreira e Marco António Costa, do PSD, e pelo democrata-cristão Álvaro Castello-Branco (16 faltas justificadas).
Na maioria socialista, estão também entre mais faltosos nos primeiros oito meses de Parlamento Ceia da Silva (15 faltas justificadas), Jacinto Serrão (14 justificadas), José Lamego (12 justificadas e duas injustificadas), e Pina Moura (12 justificadas).
No PSD, outros dos deputados que deram mais faltas foram Paulo Pereira Coelho (13 justificadas e uma injustificada), José Cesário, (14 justificadas) José Pedro Aguiar Branco e Jorge Neto (13).
Jerónimo de Sousa foi o mais faltoso do PCP, seguindo-se Luísa Mesquita (6 faltas justificadas) e Paulo Portas foi quem deu mais faltas dos 12 deputados do CDS-PP, seguido de Álvaro Castello-Branco e de Pires de Lima (13 faltas justificadas).
No Bloco de Esquerda quem mais faltou foram João Teixeira Lopes (10 faltas), Ana Drago e Fernando Rosas (6) e no Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV), Francisco Madeira Lopes deu duas faltas justificadas e Heloísa Apolónia uma.
O Estatuto dos Deputados considera «motivo justificado» para as faltas «a doença, o casamento, a maternidade e a paternidade, o luto, missão ou trabalho parlamentar e o trabalho político ou do partido a que o deputado pertence».

Nota: depois de no mês passado, os deputados terem alterado a hora do plenário para poderem assistir ao jogo de Portugal este blogue sabe que esta semana não haverá outra vez ordem de trabalhos na Assembleia da República. Corre um baixo assinado no plenário para adiar a sessão pois os deputados pretendem ir assistir ao salão erótico de Lisboa.