Saturday, December 10, 2005

Campeonato Nacional de Pretensos Presidentes da República

JOGO 2 - Mário Soares -3 x Jerónimo de Sousa -1

Para o segundo jogo do campeonato disputado no ringue do Lumiar, Mário Soares chegou ao estúdio vestindo um fato azul e uma gravata estranha. Antes do embate, Soares criticou a forma como o campeonato estava organizado, e embora não tendo falado em nomes percebeu-se que as suas criticam iam direitinhas para Pinto da Costa e Gilberto Madaíl. Segundo Mário Soares, debates em que os candidatos não podem falar entre si e que em vez de estarem frente a frente estão de lado só vem beneficiar uma pessoa, o Prof. Cavaco Silva.
Já Jerónimo de Sousa apareceu sorridente como sempre, e para mostrar o seu lado mais radical apareceu envergando um casaco beije e uma gravata castanha. Foi o 1º dos pretensos candidatos a não aparecer de casaco azul-marinho o que foi logo notado por um grupo de jovens comunistas radicais que já está a pensar fazer disso a sua bandeira de campanha.
Durante o primeiro tempo, Soares remeteu-se a um ataque de esquerda radical, tentando conquistar com isso uma fracção adepta de Jerónimo que ainda estava indecisa. Perante tal situação Jerónimo exclamou: -É fácil atacar quem menos tem e menos pode!! Para mais tarde contra atacar com: - A concertação social não é boa nem má. Depende daquilo que se concerta.
O primeiro ponto da partida aparece ao minuto 15, quando Mário Soares afirmou que foi para a rua manifestar-se contra a guerra do Iraque. Com estas suas palavras toda a gente imaginou logo Soares com uma t´shirt com dizeres contra Bush e a fumar uns charutos o que se traduziu no primeiro ponto da partida.
Jerónimo tentou reagir logo de seguida ao dizer que também lá estava, mas como nessa altura o secretário-geral dos comunistas ainda não era famoso não há nenhuma prova audiovisual que prove essas afirmações.
No final da 1ª parte, sentiu-se que Soares começava já a acusar algum esforço e por mais que uma vez teve necessidade de tossir espalhando pelo estúdio alguns virús pré históricos que fez com que Judite de Sousa e José Alberto Carvalho tivessem que dar por terminada a primeira parte mais cedo de modo a que o pessoal da desinfecção entrasse e desinfectasse rapidamente o estúdio.
Durante o intervalo, Soares chegou mesmo a ser assistido pelo seu médico pessoal, e aproveitou o restante tempo para tirar uma sonequinha. Já Jerónimo de Sousa reuniu à porta fechada com o comité central do partido. Findos os 15 minutos de intervalo ambos apareceram em excelente forma física.
A segunda metade começou com Jerónimo a tentar dar a volta ao resultado, mas todas as suas ofensivas foram sempre bem travadas por a maior experiência de Soares.
O ponto de Jerónimo acabou por surgir num lance fortuito em que soares leva o diálogo mais para a esquerda, para tentar conquistar essa área e Jerónimo aproveitando a deixa diz que não foi a CEE que abriu as portas a Portugal mas sim o 25 de Abril. Os festejos de todo o comité central reunido numa das sub caves secretas dos estúdios do Lumiar ecoaram por todo o recinto.
Quando se previa que Jerónimo equilibrasse o jogo, Mário Soares nem lhe deu tempo de respirar pois logo na jogada a seguir repõem novamente a vantagem no debate ao afirmar que o 25 de Abril foi importante sim senhora, mas se não fosse a U.E., Portugal seria uma pequena aldeia tipo Albânia no território Europeu.
Este ponto foi um duro revés para Jerónimo, que a partir daí nunca mais conseguiu mandar no jogo.
Já no cair do pano Soares consegue ainda fazer o terceiro ponto quando numa discussão sobre a China e se seria esse o modelo que os comunistas tencionariam instalar em Portugal afirma à queima-roupa: - “ A China tem o pior do capitalismo que é o capitalismo selvagem e o pior do comunismo que é a ditadura! “
Em suma num debate aberto em que ambos os candidatos, ao contrário do debate anterior, não mostraram grandes preocupações defensivas, acabou por vir ao de cima a maior experiência de Mário Soares, mas Jerónimo mostrou que poderá em debates futuros ser uma alternativa aos chamados 3 grandes.